Mato Grosso
Médico é acusado de espancar empresária e ameaçar cortar filha em mil pedaços
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O médico Emilson Miranda Junior, 30 anos, é acusado de espancar a sua namorada, uma empresária de 39 anos, na noite da última quinta-feira (14), no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. O homem teria dado socos na cabeça e boca da mulher, além de ameaçá-la. Ele ainda teria prometido cortar a filha da vítima em mil pedaços e assassiná-la caso ela relatasse o caso para o ex-marido, que é juiz.
A empresária relatou no boletim de ocorrências que estava na casa do namorado, quando teve início uma discussão. O médico então teria começado a xingá-la e depois partiu para a agressão física, atacando-a com socos na cabeça, boca, puxões de cabelo, tapas e também puxando sua orelha.
Em dado momento, o agressor ainda jogou a mulher na cama e mandou que ela calasse a boca. A empresária conseguiu correr para a cozinha, onde a mãe do médico abriu a porta para ela sair e a acompanhou até a casa de um vizinho.
A mãe do médico então ligou para o outro filho, já que ela também tem muito medo do agressor. Enquanto isto, a empresária resolveu ligar para o ex-marido, que é juiz da vara de violência doméstica, que orientou que ela registrasse boletim de ocorrência e fizesse uma medida protetiva contra ele.
O médico então teria feito mais ameaças, dizendo para a empresária que iria cortar a sua filha em mil pedaços e matá-la, caso ela relatasse algo para o ex-marido, que é juiz.
O acusado ainda teria ligado para uma amiga da empresária, xingando-a e fazendo ameaças. Além disto, acrescentou que iria acabar com a vítima e iria processá-la, por ter dito que ele é usuário de drogas e que foi expulso da prefeitura.
No ano retrasado, o médico foi preso acusado de agredir uma professora, que era sua namorada à época. Ela também teria sido agredida com socos e tapas no rosto e na cabeça. Na ocasião, o acusado ainda ameaçou divulgar um vídeo íntimo da mulher, caso mantivesse a denúncia.
Emilson conseguiu reverter a prisão preventiva após pagamento de fiança no valor de R$ 28.110,00. Ele alegou ter transtornos mentais e foi obrigado a se internar em uma clínica de reabilitação, para fazer desintoxicação das drogas farmacêuticas. A decisão foi dada pelo desembargador Marcos Machado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Outro lado
O advogado do médico, Raphael Arantes, disse que está ciente do caso e que a defesa ainda está buscando acesso ao inquérito para poder se posicionar e tomar as medidas cabíveis.
(olhardireto)